Assembleia Legislativa aprova projeto que define novo valor em R$ 1.460,00
Confira também entrevista sobre o assunto
A Assembleia Legislativa aprovou, neste final de semana, durante período de autoconvocação, projeto de lei que define o novo Piso Salarial dos Professores em R$ 1.460,00. Este valor deve superar o que será proposto, nos próximos dias, pelo Ministério da Educação (MEC).
Na oportunidade, confira abaixo entrevista com o chefe do Núcleo de Orientação Pedagógica da Secretaria de Estado da Educação publicada neste último domingo, 15 de janeiro. À reportagem do Diário da Manhã, Raph Gomes Alves deu mais detalhes sobre o novo piso e também aproveitou a oportunidade para falar sobre as mudanças no plano de cargos e salários da categoria, permitindo agora que os professores tenham muito mais chances de crescer ao longo da carreira, inclusive obtendo gratificações de até 60%, de acordo com a Política de Avaliação do Desempenho. Confira:
Diário da Manhã - Qual o valor que o Ministério da Educação definiu para o Piso dos Professores em 2012? O MEC está auxiliando Goiás neste sentido?
Raph Gomes Alves – O governador Marconi Perillo e o secretário Thiago Peixoto não pouparam esforços, junto ao MEC, na tentativa de levantar recursos para essa finalidade, mas o ministério não pode auxiliar o governo do Estado. Mesmo assim, em Goiás, vamos trabalhar, a partir deste mês de janeiro, com o valor de R$ 1.460; uma remuneração acima do valor recomendado pelo próprio MEC, que é de R$ 1.187,00. A expectativa é que o ministério defina um reajuste de 22% em cima destes R$ 1.187,00, o que daria algo próximo a R$ 1.450,00. Goiás pagará acima do valor nacional.
Na oportunidade, confira abaixo entrevista com o chefe do Núcleo de Orientação Pedagógica da Secretaria de Estado da Educação publicada neste último domingo, 15 de janeiro. À reportagem do Diário da Manhã, Raph Gomes Alves deu mais detalhes sobre o novo piso e também aproveitou a oportunidade para falar sobre as mudanças no plano de cargos e salários da categoria, permitindo agora que os professores tenham muito mais chances de crescer ao longo da carreira, inclusive obtendo gratificações de até 60%, de acordo com a Política de Avaliação do Desempenho. Confira:
Diário da Manhã - Qual o valor que o Ministério da Educação definiu para o Piso dos Professores em 2012? O MEC está auxiliando Goiás neste sentido?
Raph Gomes Alves – O governador Marconi Perillo e o secretário Thiago Peixoto não pouparam esforços, junto ao MEC, na tentativa de levantar recursos para essa finalidade, mas o ministério não pode auxiliar o governo do Estado. Mesmo assim, em Goiás, vamos trabalhar, a partir deste mês de janeiro, com o valor de R$ 1.460; uma remuneração acima do valor recomendado pelo próprio MEC, que é de R$ 1.187,00. A expectativa é que o ministério defina um reajuste de 22% em cima destes R$ 1.187,00, o que daria algo próximo a R$ 1.450,00. Goiás pagará acima do valor nacional.
Prof. ExiJência - Na verdade o Fundeb (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básicio) já arca com 60% do salário do professor, o Estado de Goiás deverá arcar com os 40% restante, e diz não dar conta porque aumentaria muito o impacto na folha de pagamento. Pensando assim, o Sec. Thimotinho Peixoto, desativou os Laboratórios de Informática, de Línguas, Ciências e os Projetos para diminuir o impacto da folha salarial. Ou seja, sucateou a EDUCAÇÃO em Goiás.
DM - As mudanças que alteram o plano de carreira dos professores trazem alguma perda para a categoria? Haverá algum tipo de redução no contracheque? E como fica a questão da titularidade?
Raph - Não haverá perda alguma para os professores. Todos terão incrementos em seus salários e novas oportunidades de progressão na carreira. Sobre a titularidade, ela passa a fazer parte do vencimento-base. Por exemplo: o professor P-III que tem vencimento-base de R$1.525,18 e 30% de titularidade (que corresponde a R$ 457,55), passa a ter vencimento-base de R$2.016,03. Antes, qualquer reajuste e até mesmo os qüinqüênios (5% de aumento) incidiam sobre R$1.525,18. Agora incidirá sobre R$2.016,03.
Prof. ExiJência - Isso quer dizer o seguinte: o professor que não tinha titularidade recebia R$ 1525,18, e com o novo piso ele receberá R$ 2.016,03. Já o professor que tinha titularidade recebia R$ 1525,18 e 30% de titularidade (R$ 457,55) e agora passa a receber R$ 2.016,03 e 0% de titularidade. Peraí, então eu não perdi, apenas vou deixar de ganhar. Aliás, eu mesmo estou pagando o meu piso salarial, que legal!
DM – E por que a mudança no salário de entrada dos professores, que agora passa de R$ 1.525,18 para R$ 2.016,03?
Raph - A intenção foi tornar a carreira do professor mais atrativa, valorizando assim o profissional da rede estadual. Com isso, o professor que ingressar na rede por meio de concurso público, no nível P-III (com licenciatura plena), terá como salário inicial R$ 2.016,03 e não mais R$ 1.525,18. Isso já vale para os próximos concursos que serão realizados.
Prof. ExiJência - Então um professor com anos de carreira e experiência profissional foi nivelado a um professor de início de carreira? Se esse professor experiente foi desvalorizado e desrespeitado hoje, quem garante que o professor recém chegado também não sofrerá a mesma desvalorização no futuro com novas manobras politiqueiras?
DM – Qual o impacto destes valores em relação às aulas de substituição?
Raph - Estas aulas também terão aumento da ordem de 30%, pois serão calculadas em cima de um novo vencimento-base. Ou seja, se o vencimento-base aumentou, o reajuste do valor da aula de substituição também é automático. Exemplo: um professor P-IV que tem 14 aulas de substituição recebe hoje R$ 859,82. Com o novo plano, passa a receber, por estas mesmas aulas, R$ 1.136,54.
DM - O salário final do professor também será alterado?
Raph - Sim. A partir de agora, o professor, que antes poderia ter um salário final aproximado de R$ 2.600,00, pode chegar a R$ 4.735,70 por meio da Política de Avaliação do Desempenho, que concederá gratificações de até 60%. Ela traz muito mais oportunidades do professor crescer, em todos os aspectos, ao longo da carreira. Incentiva o profissional e o estimula a trabalhar de maneira diferenciada, a ter foco no aluno e a querer melhorar cada vez mais. Esta política também fortalece os melhores professores, aqueles que fazem diferença em sala de aula.
Prof. ExiJência - Consideranso que esta gratificação é somente para 20% do total de professores e o mesmo pode pleiteá-la a cada 3 anos, então, para receber este benefício, terei que esperar mais ou menos 20 anos. Mas aí, já terei aposentado sem os benefícios. Se o piso fosse pago conforme determinou a lei federal, sem alterar o plano de carreira, o salário final de um professor poderia chegar a cerca de R$5.000,00 com a mesma simulação acima.
DM - Por que o governo optou pela instituição da Política de Avaliação de Desempenho?
Raph - Porque o professor, principalmente quando chegava ao nível P-IV, não tinha perspectivas reais de crescimento. Ele passa agora a ter oportunidade de ter seu esforço reconhecido e premiado no decorrer de sua jornada profissional, podendo aumentar em até 60% seu vencimento e chegar a um salário de R$ 4.735,70.
Prof. ExiJência - O professor PIV, tinha chances reais de crescimento, sim. Ao ser PIV, no plano de carreira anterior com o novo piso, ele receberia R$ 2273,07,mais gratificação de doutorado 50%, total de R$ 3409,50 e não R$ 2727,60 na manobra esdrúxula do governo. Com certeza, eu teria muito mais vontade em dar aula. E pensar que no final de minha carreira eu poderia estar ganhando R$ 5373,90 e não R$ 4735,70. Ai, ai, que desmotivação.
ADOREI ISSO....PARABÉNS.
ResponderExcluirE olha que ninguém comentou acima os prejuizos que o professor sofrerá com as perdas salariais!!!! A tendência é o salário estar achatado em bem pouco tempo, levando à necessidade de se brigar novamente pela instituição de um novo Plano de Cargos e Salários, inclusive com gratificação por titularidades e demais coisas que possam falsear o vergonhoso salário dado pelo trabalho do educador.
ResponderExcluirAs mudanças implantadas de forma antidemocrática pelo governo Marconi, significam um retrocesso na luta por uma educação pública de qualidade no Estado de Goiás.
ResponderExcluirO plano de cargos e salários que foi modificado, apesar de não ser perfeito, foi uma grande conquista do povo de Goiás em 2001. Para o trabalhador da educação ele representava sim um incentivo para crescimento na carreira.
O que faltava a ele era o PSPN. Bastava a aplicação do Piso, que foi outra grande conquista da sociedade brasileira, para que, a partir daí, se consolidassem os incentivos para o professor crescer na carreira e outros quererem entrar para ela.
Agora a sociedade goiana vai ter que lutar para conseguir novamente um plano de cargos e salários que seja conpatível com a qualidade dos profissionais de educação que este Estado possui e que este governo insiste em desrespeitar apresentando esta proposta esdrúxula da tal meritocracia, que nem foi bem explicada para a categoria.
Educar, pelo que entendo, baseado no livro da minha vida pessoal, nos livros acadêmicos, nos comentários de especialistas, e na sabedoria da religiosidade, é APARAR ARESTAS e nuncar substituir tudo; é CONSULTAR CONTÍNUAMENTE OS QUE ESTÃO INTIMAMENTE LIGADOS COM O FAZER PRÁTICO e não somente com o fazer escritorial; é MUDAR DE VERDADE e não de mentira; é RECONHECER QUE ERROU, apesar de todos os esforços para acertar; é RECOMEÇAR DE NOVO, aparando as mesmas ou as novas arestas! Isso feito continuamente resulta em PROGRESSO. Pois bem, aplicando o padrão citado com os rumos atuais da Educação em Goiás posso afirmar que 'arestas foram modificadas', 'renomados e não renomados educadores goianos aptos no fazer não foram consultados', 'a mudança verdadeira não aconteceu', 'o reconhecimento dos erros estão sendo aguardados'... Houve progresso? Sim, mas com muitas arestas já visualisadas, necessitando portanto de recomeçar o padrão das mudanças URGENTEMENTE. SALARIALMENTE nós perdemos, basta fazer as contas, principalmente quanto aos planos de aumento salarial por mérito. ESTRUTURALMENTE a escola onde trabalho está tentando, obtendo progressos, mas por passos pequeníssimos. PEDAGOGICAMENTE estamos atrasados uns 100 anos quanto à prática. FORMACIONALMENTE estamos na era do 'achismo', sem 'condições diárias' de conexão, e muito menos de formulação de ideias baseadas numa segurança científica educacional. Certamente alguém dirá que eu, e outros, só temos retórica, mas entendo que há anos sinto tremendas dores 'sutis' nos meus pensamentos, nos meus raciocínios, no meu coração, enfim, em todo o meu corpo... Isto é retórica? Em você não tem nada doendo? Será que você está tendo 'sensibilidade' para perceber suas dores? Sua vida é essa MESMICE... Progresso não lhe interessa? Sua atividade laborial de professor (a) pode ter perdido o sentido, o que não significa que ser professor(a) não tem sentido para você, para a sociedade! NÃO ESTOU SENDO EDUCADO, NÃO ESTOU EDUCANDO... Nessa parafernália de maus procedimentos e conexões entre instituições públicas, privadas e politiqueiras faremos muita coisa, menos verdadeiramente educar! No entanto, a luta continua e estou nela... Existem infinitos caminhos, mas POSSO CONTINUAR ESCOLHENDO O DE SER PROFESSOR, O DE TENTAR SER EDUCADOR? Posso? Então abram as portas...
ResponderExcluirO mais revoltante é que, faz-se uma manobra para enganar incautos, enganando inclusive vários "professores" e a sociedade inteira está comprando a mentira.
ResponderExcluirNo caso das "promoções" de 10% a cada 3 anos, se consideramos que somente (no máximo) 20% do quadro poderá receber o "aumento", nao será possível ser feito a cada três anos, mas NO MÍNIMO a cada 5 (CINCO) anos. Façam a combinação e vejam outra manobra.
Acorda gente! O que era para ser recebido agora, talvez nao será nunca!
E ainda chamam isto de meritocracia: desvalorizar os que mais se esforçaram em formação e valorizaram quem nao havia feito nada! Agora, que motivação alguém tem para fazer algum curso de mestrado e doutorado?
Respondo: "vazar" fora desta rede!!!
Pergunto aqui.
ResponderExcluirEstamos falando muito do Thiago Peixoto e estamos esquecendo dos deputados que nos traíram aprovando o projeto do governo. Menciono aqui o Deputado Evandro Magal que pessoalmente pediu meu apoio quando era candidato dizendo que iria lutar pelos nossos interesses e agora me apunhalou pelas costas, esse nunca mais ganha meu voto.
Temos que trabalhar muito a consciencia dos professores para nunca mais reeleger nenhum dos traidores e muito menos Marconi e Thiago Peixoto.
É assim que a gente atinge e ganha o respeito dos políticos, nao votando em traidor e em quem desrespeita do eleitor e os professores.
Prezados professores da rede estadual, colegas de sofrimento em uma das profissões de mais necessária dedicação e desprendimento, não poderia dizer outra coisa: FORA MARCONI!!! Inimigo do povo goiano e de suas oportunidades. Inimigo de uma juventude que precisa mais de FORMAÇÂO e CONHECIMENTO do que de comida. INIMIGO DOS PROFESSORES! Vamos enfiar uma ADIN no STF e pedir a todos os goianos que elejam cães mas MARCONI NUNCA MAIS!!! Abraço a todos
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